8 de dezembro de 2007

Com licença. Obrigada! Por favor? Bom dia! Não tem de quê! Ah, magina, foi um prazer ajudá-lo... Claro, fique à vontade! Conte comigo. Como você está radiante hoje... Pode ir primeiro, faço questão. Que belo trabalho você fez!  Pode passar. Como está a família?  Sente-se aqui. Admiro seu caráter. Você está cada dia melhor! Tudo bem? Eu te amo! Quão dedicado você é.  Adoro quando você sorri. Quais são seus sonhos? Vamos sair? compramos um sorvete de 1 real
   e sentamos no banco da praça para olhar o
                 Céu...

ESTOU SENTINDO FALTA DISSO NAS PESSOAS.

21 de novembro de 2007





(clique na tirinha para aumentar!)


- Ei, você... Escreve alguma coisa aí... Tô sem inspiração.

- Hum... Ahm... É...

- Escreve qualquer coisa oras! Já já eu volto.

- Queijo? _ ojieuQ? _ q.u.e.i.j.o.? _ QUEIJO? _

Não...

"vale 1 milhão de queijos".

18 de novembro de 2007

Passo por passo
construo meu mundo perfeito
Pedaços açucarados
cortinas e véus
torres, gigantes e fadas
Passo por passo...
Da porta até o quintal
flores escolhidas
Poemas tatuados nos meus braços
Beijos literários
Perfeito o meu mundo perfeito.
Trago pessoas pra dentro do meu espaço
Tem a cama
os enfeites pelo chão
Conto histórias dos planetas, dos ventos
das sereias, do AMOR

Como se o amor e eu fossêmos uma coisa, apenas...
Quão quentinha é a sopa da minha boca
derramada sobre a sua
numa doação inteira.
O calor das mãos acariciando fio por fio do seu cabelo
desconstruindo fio por fio seu monstro do armário
o medo do escuro

aquela sua preocupação com o relógio
e sua mania de adorar objetos...
Cubro pra dormir, você volta a sonhar
diluído no meu colo
E sonha a noite toda.

Mas ninguém nunca fica...
Ninguém nunca fica...

Amanhece.
Estou só.




(Raiva)

11 de novembro de 2007

somos diferentes
mas também tão parecidos!
eu sou diferente e semelhante a você
tenho certeza que já amou alguém nessa vida
e que possui mil sonhos
que já chorou por alguma dor
seja física, quando ralou seu joelho aos 5 anos
seja emocional quando descobriu que aquela pessoa não te queria da mesma forma
ou espiritual, quando viu que as pessoas que mais ama não vivem para sempre...
somos parecidos
e tão diferentes!
deixa as diferenças para descobrirmos juntos em uma conversa ao entardecer sentados na calçada
e as semelhanças para nos unirmos enquanto seres humanos
e vizinhos de planeta!
deixa a cara feia de lado
ou as imperfeições
me dá sua mão
e vamos indo
tem muito planeta sob nossos pés
e muito céu sobre esse chão...
quem sabe você não é exatamente aquilo que mais me faltava
exatamente o que faltava...

7 de outubro de 2007



Vamos pescar nossos sonhos perdidos.

Vamos pescar... (como desculpa para ficarmos aconchegados! assim, bem juntos!)

Vou botar no anzol esperanças coloridas

pra te encantar.

4 de outubro de 2007

Tempo... para quê? para quem?

Olá, aqui quem vos escreve é a Pri.. Mas não a mesma do início desse blog, nem a mesma de ontem... Aquela que digita nesse segundo está muito feliz!!!

(...)

Porque dei uma aula para alunos de 7 a 9 anos e descobri que adoro fazer isso. Porque saímos para pegar amora no pé. Vimos jaca, pé de alface... Andamos por passagens secretas, descobrimos esconderijos!
A Pri que vos fala é uma pessoa que descobriu também que ama viver. Ama criança. Ama dividir as coisas e aprender outras.
É a mesma que vai tentar se afastar desse mundo virtual por um tempo, pois recarregar o espírito com cheiro de criança é algo que necessito fazer (todos necessitamos).
Se você passa por aqui, lê uma coisinha ou outra e até gosta de alguns textos ou versos, enfim, se você é "meu leitor" hehe... peço que deixe seu recadinho nos comentários logo aqui embaixo. Por favor, me diz o que gosta de fazer, quais os sonhos que tem, quais são seus desejos e suas esperanças.
- Quem é você? O que te faz feliz?
Esse retorno será o início dos presentes que pretendo recolher para enfeitar a árvore natalina do meu coração. Nele, quem procura fazer a diferença pode se aconchegar, me dar as mãos e seguir comigo. No meu coração cabem sonhos coloridos, também chamados de Amor...

Vamos juntos?


Grandes Beijos
com profunda atenção e agradecimentos.

Até breve.

:)

30 de setembro de 2007

Para a menina Pâmela...

(... ainda não escrevi a SUA música, mas sinta-se abraçada nesses versos)

Tanta gente
caminhos entrecortados
colcha de retalhos:
bolo e cafezinho para diálogos socialmente planejados.
Você em minha vida, eu dançando na sua:
caminhos entrecruzados feito laços de cadarços.
Eu sei que vou te amar
Eu sei
Mesmo que pelo breve segundo daquele bom dia
que nem lembro mais!
Mas deve ter sido provavelmente um dia quente,
e você chegou e me falou oi e sorriu e disse que dia quente! e eu disse:

quediaquenteseráquevaichover?
Vou te amar
Porque sorriu com o canto do lábio,
- olhos doídos de olhar
de tanta lindisse dentro do teu olho -
Você me pegou, guardou, morou em mim,

Te vi crescer: raízes fortes.
Você me viu chorar, morrer ... e nascer.
Te vi afagos demais, linda demais, humana demais!
(Só posso te amar)
Por cada sonho adolescente dividido
nos telefonemas das tardes escolares infinitas
Por cada gelinho compartilhado
Sei que vou te amar...
Mergulhadas no amor, brigas-de-não-brigar
Amizades, diálogos intermináveis
- Às vezes soltos -
nossos passos tímidos nesse tango torto e desengonçado
Engraçado!
Esses espaços
Você enrolada no meu abraço
Segurando a caneta dessa história em quadrinhos pós-moderna
Eu aconchegada nos seus sonhos, agarrada nos seus remédios-conselhos
adormecida no seu colo eternamente.
Serei sempre aquela menina que riu quando você derrubou danone
- E se sujou toda -
Que sempre foi bobona e defendida por sua voz
Tão necessitada que você arrume a bolsa
salvando-me da minha bagunça “arrumada”
Você sempre será minha defensora
Humor ácido

Ouvidos disponíveis
Seu 0,01 por cento de inteligência superior
Fortaleza com algodão-doce,

mulher desenhada com o próprio céu:
Você sempre será a inspiração para minha vida.
E eu te amo.

- E sei que vou te amar
por toda minha vida.

25 de setembro de 2007

Seção Especial 1

. . cartas . .


Papai Noel, se está aí, em algum lugar bem bonito e iluminado e se puder me ouvir, eu gostaria de agradecer por estar viva. Por acordar essa amanhã com um passarinho que cantava tão alto e tão alegre que me fez abrir a janela inteirinha (faz tempo que eu não abria).
Por favor, lhe peço que me ajude a ser menos dura com as pessoas. Que eu possa aceitar seus defeitos e que acredite que elas aceitarão os meus. Que consiga dizer tudo que sinto, mesmo que doa e machuque, e não fuja achando que serei incompreendida. Ajuda-me a aceitar o amor do meu próximo sem medo, porque o amor só constrói e nem todos são maus nesse mundo. Que possa ser menos rígida nos julgamentos e não cobre das pessoas mais do que elas podem oferecer.
E depois de pedir tanto e de tanto pedir, ainda vem o maior. Abençoe minha família, meus amigos, meus vizinhos, aquele senhor que me deu lugar no ônibus hoje, a tia da biblioteca que sempre fala “bom dia”, as crianças do estágio, o cachorro que mora aqui na rua e fica latindo e balançando o rabinho toda vez que eu passo. Abençoa também quem estiver precisando. E quem não estiver.
Se um dia ler essa carta, apesar de dizerem tanto aqui na faculdade que o senhor não existe, espero que esteja de bom humor e possa me atender. Em troca prometo ser uma boa menina o ano que vem inteirinho. Bom, pelo menos até junho/julho eu garanto.

Um beijo Papai Noel.


25/12/2006


P.S. Envia os presentes na Rua da Magia, País da Sonholândia, o mais rápido que puder
!
Seção especial 2


. . cartas . .

Se ainda aparecer por aqui Pedro, deixo meu coração. Espero que não venha tão cedo, pois verá meus sentimentos tão claramente que me envergonharei. Espera a poeira cobrir esses versos, espera.
Esse não é dos finais mais felizes, mas será assim: versos, poeira de vento e fim.
Não estou triste, nem feliz. Só uma saudade que está se espalhando pela minha casa. Como se o dia terminasse antes do combinado e a noite fosse mais poética do que o necessário.
Aí me pego pensando... Princesas não existem, nem castelos, nem contos-de-fada, no entanto posso garantir que amor verdadeiro existe. Eu sei porque sinto. E sinto, porque, não sei...
Tivemos um filho que não nasceu. Um beijo que se transformou em pássaro e voou de mim. Eu te amei de uma forma que nem pensei existir. E existe... E você é meio mágico para mim, feito o arco-íris que me intrigava na infância, ou lagarta listrada que se remexia na árvore depois da chuva...

Um beijo com a paz que encontro nos seus olhos.

23 de setembro de 2007

- Para a menina-boneca-fadinha-princesa:

Tem uma amiguinha
Tem uma amiguinha de cabelos negros e compriiiidos me dando a mão através da janela
Tem uma amiguinha
Ela me chamou pra brincar
A minha amiguinha é linda
Ela chamou e nem perguntou quem eu era
e eu fui

e me fez feliz.
Eu quero dar meu coração todo enfeitado
Nas mãozinhas dela
Quero soltar minhas amarras bobas dentro dos olhos dela
Porque me chamou pra brincar
Porque é linda!

Porque sempre esperei sua amizade dentro da casinha amarela!
Ah!
Seus cabelos são negros feito os olhos do gatinho da vizinha
Assim iguaizinhos!
- ela nem sabe disso -
mas vou dizer que tem cabelos-engatinhados!
e agora eu amo bem muito o gatinho de olhos negros que mora láááá no cabelo dela...


~s2~


=^.^=
MiIaAuUu. . .

22 de setembro de 2007

Não sentir medo.
Dor? Solidão?

“Você não tem problemas Pri, sua vida é tão fácil.”
"Você fala tão bem."
"Ah, você tem tempo."
" Ah, que besteira, Pri! Esquece isso! É loucura."
"Troca de roupa, muda esse cabelo... Abraaa beeem a booocaaa ao conversaaar!"
" Senta direito, menina!"

Não sinto Saudade.
Nenhuma dor de barriga, ou choro no quarto em noites escuras de morte...
Não me apaixono por caras errados. Aliás, nunca amei, são "paixonites agudas, frescura, bobeira"
Nunca precisei de companhia. Isso só acontece com os outros.

Não sentir medo?
(...)
Cansei.

Receber ordens em minha vida, em minhas escolhas.
Exausta por não ser adequada, educada, bem-comportada!
Pagar caro por cada sonho colorido, cada passo atravessado. Tropeços e quedas também são meus! Só eu que não posso errar?
Furam meu balão e dizem:
- Bom humor inapropriado! Errado! Errado!
Minhas piadas tortas num mundo que parece me querer triste.
E quando mais preciso...
- "Tenho que desligar, tenho que ir, não tenho tempo!"

Pegarei o primeiro barco, fugirei para primeira ilha deserta, só minha. Asas e vôo e ares distantes! Sim, egoisticamente só!
Aqui, com vocês, antes de mim cada ser humano dessa terra. Minha felicidade é demais. É do avesso.
Então, decidi correr pra longe. Não SER sozinha, mas ESTAR sozinha.

- E tem que ser AGORA.

14 de setembro de 2007

Oi vó... queria comer seus biscoitos ontem. Não, você não estava aqui, o mundo moderno cada vez mais nos enche de afazeres inúteis e nos afasta de quem amamos.
Sabe vó, desde aquele tempo, aquele no qual brincava no seu quintal e quando você fazia os bolos das minhas festinhas, desde aquele tempo não mudei tanto assim. Queria que você soubesse que continuo aquela menina chorona e medrosa. Continuo com as mãos sujas, as calças dobradas até os joelhos e corro como no seu quintal, mas agora, sem objetivos definidos. Antes queria a bola, ver o pássaro na árvore, fazer comidinhas debaixo da mangueira. Antes corria do bicho papão, da injeção, no pega-pega... Agora corro nem sei pra onde! Corro da solidão talvez.
Também continuo cabeça-dura desde aquela época. Lembra quando as coisas não eram como eu queria e fazia bico? Pois é, ainda faço... Mas agora a manha não é mais ouvida, nem o cabelo afagado por suas mãos macias e sábias. Agora faço manha e continuo só.
Estou perdendo o brilho nos cabelos, minhas mãozinhas, antes tão inofensivas, já não são mais assim. Percebi que posso matar o amor, ferir, quebrar. Antes quebrava seus vasos, mexia no doce inacabado. Agora, minha vozinha... agora eu quebro pessoas.
Envio essa carta para saber da sua neta tão querida, tão amada. Envio para saber-se tão querida e tão amada também, mesmo que nunca tenha dito. Um dia largo tudo aqui na “cidade grande” e corro pro seu colo, ôôô se corro. Preciso do seu perdão na forma de conselhos, preciso do seu amor na forma de doce-de-leite em pedaços.

-tão despedaçado feito meu coração.

13 de setembro de 2007

É assim:
Uma hora triste
fria, distante, cruel
Um monstro.
(não quero ninguém,não quero nem eu)

Outra hora é assim:
Feliz, exageradamente feliz
Muito exageradamente feliz, completamente fora dos padrões normais de felicidade!
.dia azul, pássaros cantando, bolo de chocolate, pessoas -muitas pessoas -, amigos, risada, dança, festa.
- É bom ficar ao seu lado, Pri! Você é incrível...
-Pri, como te adoro! Te amo! Você é legal assim sempre?
-Não! - eu digo.

Uma hora triste.
Uma hora feliz.
Uma hora triste.
Uma hora feliz.

- Existe uma linha com a qual foram divididos o fundo do poço e a vida irritantemente cor-de-rosa, fico em qualquer lugar, menos em cima dela! - eu digo de novo.

(...)
A.I.: Ahn... Cê quer um café?

Eu: Não gosto de café. Serve um psiquiatra, sem açúcar, por favor.
Estou tentando te esquecer um pouquinho só...Tirar você, suas malas, seu cantinho do meu coração. Tô tentando mudar o lugar dentro de mim.
Talvez não se incomode de morar em um rim, na unha do dedo mindinho, dentro do céu da minha boca. No meu coração não há espaço, não há tempo! Mas não se preocupe... Você sempre será meu damo de baile, independente do lugar onde morar.
Esse carinho que sinto é tão forte que não consigo expulsá-lo simplesmente. Só posso remanejar o local, enganar os ponteiros do relógio... Às vezes me pego inventando até desculpas para disfarçar seu lado nem tão mágico assim...
O baile que nunca dançamos verdadeiramente, já dancei noites e noites e você estava comigo, só não sabia. Naquelas noites que acordou sem lembrar do sonho era comigo que estava (...) era nos meus sonhos que rodopiávamos quando fechava meus olhos.

Até o baile acabar e acordar sozinha novamente.


p.s.: eu ainda te amo.

- Acalma o coração menina!!! Há tantas formas de amor - diz o sábio. Há tantas formas, não é mesmo?
Sempre, desde criança, quis ser a borboleta.
Sofri por isso.
Idealizei, fugi, cortei meus dias até sangrar.
Sempre quis suas asas brilhantes, seu jeito delicado, aquelas cores todas!
Eu nunca virei borboleta.

(a diferença é que aprendi amar a lagarta - estranha - que vive no meu jardim)

9 de setembro de 2007


Era uma vez um carneiro que sempre quis ser sozinho.
Mas na verdade queria muito ser junto. Sempre quis.
Mas de tanto falar que queria ser sozinho
ele mesmo acreditou.
Todos acreditaram.
Só que num dia muito cinza
choveu o céu inteirinho.
Choveu as lágrimas do carneiro
As lágrimas da nuvem.
E as lágrimas de quem ouviu essa história...
Choveu todos os rios
Lagos
Lagoas do mundo!
Com sapo e tudo!
E o carneiro ficou sem nenhuma cabaninha naquele mundaréu d'água...
Desde então, a escritora dessa fábula-pós-moderna não sabe se arranja uma cabana para seu carneiro
ou se arranja uma para ela...

5 de setembro de 2007



Doutor, uma dor... uma dor...
Onde dói? Cabeça? Braços?
Dói minha vida inteira...
O verdadeiro amor deixa partir.
Deixa livre.
Sabe esperar.
Contenta-se com o que o amado pode oferecer.

Blá, blá, blá...

- Ah! Prefiro amores paraguaios de cinco minutos (...)
Sim, ultimamente estou tomada por uma descrença-mostruosa-e-feia. Necessito testemunhos! Contem, lhes imploro! Falem que amor verdadeiro é o que ficará no fim... Falem assim: Priiiiiiiiiiiiii, vai valer!Vai valer! Continua. Continua menina! Nada de comprar amor em lojinhas, isso não pode resultar em algo bom. Amor embalado pra viagem? Baratinho assim?

- Melhor um segundo verdadeiro, que uma vida inteira em vão.

Vou fazer uma força toda gigante pra acreditar em vocês.
Prometo.


(longa -triste- pausa poética...)

3 de setembro de 2007

{Um pré.s.: Esse texto foi escrito no dia 24 de agosto. Foi quando o Chuck, meu melhor amigo amicíssimo, me deu um lençol todo risonho... Aí eu fui pra casa no ônibus pensando no que poderia fazer com tão lindo presente. E foi assim...}

Com seu presente posso fazer uma cabaninha para os carneiros que você me deu quando começar a chover. Uma cortina em dias cinzas para tudo ser sempre colorido. Jogar para o alto, vendo-o rodopiar no ar... Dormir abraçada (lembrando as curvas dos desenhos tão parecidas com o arco-íris dos seus olhos). Tapete voador do senhor Aladin, ou manto da bela Princesa? Voltar para os anos 70, Janis Joplin, desenhos psicodélicos... Quando cansar, me enrolar nele e desaparecer! Na cintura, um vestido de festa. No pescoço, capa de super-herói japonês! Ou botar na cabeça, como turbante do mágico, do muçulmano ou da senhora que vai à feira fazer compras e escolhe delicadamente cada legume. Forrado no chão: piquenique. Na árvore: bandeira. Rede de descanso nos dias amarelos. Amarrado permite escalar a alta janela da Rapunzel (que agora aderiu à moda do cabelo curto e repicado). Esperança nos dias esverdeados. Esticado no varal lembra nuvens se mexendo com o vento (zumm, zummm, zummmm). Cobertor para nenéns recém-nascidos. Cobertor para crianças crescidas também.

Ah!... tantas utilidade num só presente!
Tanto amor numa só pessoa.
Tanta amizade numa só vida.

:)
(te amo)

{pós.s.: E nesse dia eu tive certeza que o maior presente que ele poderia me dar era... ele! Simples assim.}

27 de agosto de 2007

Meus estranhos prazeres:

cheiro de amaciante
sorvete que vai derretendo no fundo do copo
abrir os olhos durante o beijo
escrever um texto, achá-lo "o último" e depois fazer outro
madrugadas
aquela música na rádio que dá saudade "de alguma coisa que não sei o quê..."
espreguiçar debaixo da coberta em dia frio
desencravar pêlos com uma agulha
sentar no chão
combinar roupas, olhar no espelho e fingir ser outra pessoa
contar azulejos
penteados esquisitos pós-banho
comer vários chicletes de uma vez
pessoas dormindo
comer uma a uma e depois apertar com o dedo as bolinhas de sagu
desenhar na margem das folhas pautadas
sobracelhas
ouvir diálogo de estranhos no ônibus
observar insetos
declarações de amor em hora e lugares improváveis


- Quais são seus estranhos prazeres?

22 de agosto de 2007

18 de agosto de 2007

Notícias das águas-claras.




Queridos peixinhos-da-terra que gostam de palavras e versos, sabem que aqui no fundo do mar sempre sento perto dos corais e fico olhando, procurando transmitir por pensamento o que vejo para todos vocês?
Estamos passando por um momento muito especial no mar. Ontem, grandes pintores fizeram uma exposição de quadros com flores de todos os tipos no salão Borbulhas. Queria que tivessem visto como foi lindo! Eles vieram mostrar para quem estava triste como existem coisas belas aí em cima, na terra (até mesmo peixinhos sofrem de depressão).
Em agradecimento, a Dona Baleia Crisália disse que subirá a superfície para dançar tango em alguma praia (só não sei ainda qual porque é surpresa!). É bem capaz de receberem notícias em breve. Abram bem os olhinhos...
Mas, empolgada com os últimos acontecidos, já estava esquecendo da dica musical!
Aqui está:

Espatódea – Nando Reis
http://www.youtube.com/watch?v=o1zIBZfanBY

Por favor, fechem os dedos bem forte. O amor que coloco nessa canção para cada um de vocês é tão leve que pode flutuar, feito meu pensamento perto dos corais, Dona Crisália com seu tango ou uma pétala de flor apaixonada pelo vento... então é melhor não arriscar.

O ° ! snik snik ! . o



Estalinhos salgados
Da sua correspondente submarina
Vedda.

5 de agosto de 2007

Sábias palavras são aquelas que crescem fruto em árvore,
alimentando a fome da alma,
libertando correntes,
soltando pés e abrindo caminhos.
Costuradas em mantas coloridas para aquecerem o frio de toda gente.
Bilhetinhos apaixonados.
Até mesmo os versinhos de banheiro!
Todas as curvas sinuosas dos desenhos arredondados
transformadas em musicalidade divina!
O grito do feirante na rua.
O verso das histórias infantis
Do conselho paterno
Do - eu te amo - trêmulo na noite chuvosa
Sábias... E lindas!
Quantas línguas te provam, e amaciam tua gramática pra saírem fluídas
pelos rios salivares!
Quantos verbos em ti crescem: plantas verdes sem-fim!
Ah...
Quantas dores, quanta fé, quanto existir:
para sempre grafadas no diário da menina
no caderno do trabalhador
tatuagem.
Quem dera ser palavras amorosas para morar nas bocas sonhadoras...
Quem dera ser afagos!
Ser caneta e rodopiar por entre dedicatórias
Valsar naquele poema, ou morrer nas mãos do autor
para renascer beabá da criança.

Sábias palavras: a vocês a responsabilidade de escrever o mundo.

4 de agosto de 2007

As melhores coisas desse mundo não são vendidas em super-mercados 24 horas! As melhores coisas são escorregadias! São pequenos momentos abraçáveis que passam e não voltam.


- Há que se arregaçar as mangas e viver intensamente.

Essa noite eu não conseguia dormir de jeito nenhum.
Depois de contar na cabeça todos os carneiros de todas as fazendas do mundo, resolvi escrever.

Meu coração anda me assustando.
Tanto, que o danadinho se esconde de mim quando o sol se põe. Às vezes sai madrugada a dentro e volta completamente bêbado e sujo de sonhos. E eu fico aqui, colocando os pobres carneiros para fora - os pobres bichinhos que nada tem a ver e só executam religiosamente seu trabalho de me fazer dormir! - Pobrezinhos... Expulsei sem dó!

Até meu coração resolver olhar nos olhos.
Até descobrir que posso abaixar as defesas.
Até minhas mãos não gelarem tanto.
Até não sentir esse medo que me amarra numa pedra
E a pedra não estar amarrada numa corda
E a corda não estar presa ao pé da montanha mais alta
E a montanha não estar coberta de neve

Até...
(já nem sei...)

Enquanto isso deixo os campos vazios com uma interrogação no meio.

(...)

Uma interrogação doida para se apaixonar...
- ou uma interrogação perdidamente apaixonada?
É assim:

Uma hora triste
fria, distante, cruel
Um monstro.
(não quero ninguém, não quero nem eu)

Outra hora é assim:

Feliz, exageradamente feliz
Muito exageradamente feliz,
completamente fora dos padrões normais de felicidade!

. dia azul, pássaros cantando, bolo de chocolate, pessoas -muitas pessoas -, amigos, risada, dança, festa .

- É bom ficar ao seu lado, Pri! Você é incrível...
-Pri, como te adoro! Te amo! Você é legal assim sempre?

-Não! - eu digo.

Uma hora triste.
Uma hora feliz.
Uma hora triste.
Uma hora feliz.


- Existe uma linha com a qual foram divididos o fundo do poço e a vida irritantemente cor-de-rosa, fico em qualquer lugar, menos em cima dela! - eu digo de novo.
(...)

29 de julho de 2007

Se você estiver se sentindo sozinho também, assim como eu, coloque uma rosa no vestido, ou um girassol na camisa. Se o mundo não se tornar mais aconchegante, pelos menos mais florido será.


(Ah! como ia ser bom...)

22 de julho de 2007

Todo mundo tem uma história dos tempos escolares.
Quando era menor, pertencia ao time dos “não-time”: péssima em futebol, vôlei, basquete, queima e qualquer coisa a qual dão, carinhosamente, o nome de atividade esportiva.
Ah! tão melhor observar um tatu-bola perto das mudas de cafezal; tão melhor ficar conversando com melhor amiga no fundo da quadra; tão melhor livros poetizáveis para viajar até planetas mágicos, em galáxias distantes!
O problema era ser última escolhida nas filas esportivas (crianças podem ser cruéis), e como isso se tornara freqüente, sentia nos ouvidos a dolorosa profecia: “Serás do avesso, do avesso, do avesso... wuaaaa ha ha”
Pessoas sensíveis ganham uma aura fracassada quando vencer a qualquer preço e humilhar fazem parte do jogo. Por muito tempo achei que seria um fracasso mesmo!; que o melhor em mim fosse uma coisinha inultizinha da qual me livraria, mais cedo ou mais tarde, atirando pela janela.

Porta do quarto fechada.

Pensando com meus botões, será prudente apagar todo passado com o qual me fiz o que sou? Pintar o cabelo laranja, depois azul, verde; mudar o nome para Clementine e desmanchar dores, medos, ou vergonha; cada dia que me senti para baixo; as despedidas e saudades?
Não. Não sou pedra: em mim correm todos os rios do mundo; agora eu sei.
É claro, se dissesse: - Passado é passado! Olhem, nenhuma marquinha no coração, podem procurar! – estaria mentindo.
Minha casa ainda é refúgio. Ainda prefiro um sábado a noite com minha família. Alguma dificuldade em fazer amizades, uma ou outra falta de jeito com gente: aura bicho-do-mato incurável.
Porém, e nem me perguntem como, hoje tenho os melhores amigos que poderia sonhar. Às vezes, paro, acarinho cada um deles, principalmente quando estamos juntinhos; dou uma olhada para o céu com uma piscadela disfarçada e penso:

É Deus (...) andou caprichando na minha vida.


Porta do quarto aberta.

18 de julho de 2007

15 de julho de 2007

eu sei
não sou suficientemente boa pra você
não sei dividir
não sei me comportar
nem disfarçar meu ciúme
não suficientemente boa pra você
não tenho grana
não sei contar piadas
nem desenhar
não visto meias iguais
isso não pode ser amor
ou se for
deve ser um amor todo “atrapaiado”
que tropeça nos próprios pés
eu te amo tanto!
mas não suficentemente boa...
por reconhecer isso, essa tarde,
me abracei nas nossas lembranças
levei-as pra passear
contei histórias
fiz durmir
tão bonitinhas nossas lembranças
tem nosso jeitinho no rosto delas
elas choraram quando contei meus planos mirabolantes de fugir
-“prometo que vai ser indolor, meninas, prometo!”- eu falei. “quando ele perceber já terei cruzado a ponte...”

e no final
vai ser melhor assim:
você sem eu
seu eu sem mim.

10 de julho de 2007

ela fala da conjunção dos planetas aquela noite. ele sorri (como fica linda quando fala de coisas que ele sequer entende!). se beijam. a menina esquece da astrologia, de respirar, que já são 3 horas da manhã! (só consegue enxergar a conjunção do seu coração junto com o dele).

o resto são nuvens...

9 de julho de 2007

Descobri uma maneira para quebrar maus pensamentos!
Quando uma pessoa te olhar feio na rua, com olhar de raiva, sabem?

Assim que fizer isso, humildemente ofereça um “oi” com um sorriso leve: qualquer negatividade se transforma em borboletas quando o amor está presente.

(Mundo melhor, aí vamos nós - de mala, cuia e peito aberto.)

6 de julho de 2007

(esse texto é um dos mais fortes sentidos por mim, vou revivê-lo, porque a mensagem, apesar da tristeza, tem a seguinte voz: precisamos cuidar uns dos outros.)

(...)


Ilha das Pessoas Quebradas

Pai e Mãe,

estou partindo para a realização de um sonho: n
esse final de semana, irei para passar o resto dos dias na Ilha do catálogo que guardo desde criança embaixo do travesseiro!
Vocês nem devem se lembrar muito dessa minha fixação, aliás, não devem se lembrar de muita coisa sobre mim, mas saibam que ela é importante pois foi através desse objetivo que sobrevivi todos esses anos.
Nesse lugar não precisamos nenhuma memória, tem um céu deslumbrante e um mar azul infinito. Nos divertimos o dia todo. Ninguém chora, ninguém...
Os pássaros são caríssimos, feitos com ouro, diamantes, além disso vivem cantando belas músicas-de-elevador. -Uma maravilha!- As árvores, espécies raríssimas de boutique, crescem sem esforços por todos os lados, em todas as direções, tanto que seus galhos entram por entre nossas cabeças vazias, se entrelaçando em nossas vidas e roubando cada gota da essência do universo pouco a pouco.
Dos outros habitantes não ouvi falar muito, até acredito serem robôs: linhagem moderna lançada em segredo por alguma multinacional japonesa.
Eu economizei minha vida toda com a intenção de ir para lá, economizei minha vida... Reduzi tudo a pequenos relâmpagos felizes, mas agora vai ficar tudo bem...

Quero fugir desse mundo, quero minha liberdade, quero o lugar onde viverei minha alegria eterna em coquetéis-comprimidos.
Não sei quando receberão esse e-mail, porque é o primeiro que mando desde muito tempo. Apenas queria dividir alguma coisa com alguém, inclusive o temor de tomar essa decisão, no entanto, e
spero estar fazendo a escolha certa da mesma forma que vocês dois já fizeram a sua:

- Espero ter escolhido uma Ilha tão boa quanto a de vocês...
Centro da cidade (minha cidade tão querida, com o sol derretido no seu calor interiorano típico). A sorveteria me atrai como bolo de chocolate a uma mosquinha faminta... Entro no ônibus com um sorvete maior que eu, maior que o calor, maior que meus pensamentos distantes.

-Oi, motorista! Posso entrar com esse sorvete aqui?
- Poder, pode... O errado é não ter trazido pra mim!


s2

Pequenos.Grandes.Momentos.

5 de julho de 2007

Notícias das águas-claras.

Pensaram que não voltava? Pois estou aqui meus golfinhos!
Andei vasculhando embaixo de cada concha do mar só para trazer uma canção-memória aprovada pelo Comitê das Barbatanas!
Então vamos lá: a dica de hoje é a música Good Luck/ Boa sorte. É uma parceria entre Vanessa da Mata e Ben Haper, mas melhor que descrevê-la, aqui está o clipe da música!

~> http://www.youtube.com/watch?v=y8dQP5srrGk&eurl=http%3A%2F%2Fmeninaeomundo%2Eblogspot%2Ecom%2F <~

O ° ! snik snik ! . o

Espero que ela encaixe em algum amor perdido nas marés tumultuadas do coração, afinal, como dizia Toquinho e Vinícius:

(...)
Quem já passou por essa vida e não viveu,
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu.
Porque a vida só se dá pra quem se deu,
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.


Estalinhos salgados,
da sua correspondente submarina!


Vedda.

1 de julho de 2007



Seu beijo passa ao meu corpo tanta luz, que fecho os olhos na esperança de agarrar esse sentimento para nunca mais soltar...

Deixa tudo assim, oras! Assim, sem mudar nada!

Hoje sentei na cadeira em frente ao computador. Sabe aqueles dias nos quais a vontade de escrever é tanta, mas parece que os poros estão fechados? Coloquei uma música enquanto fiquei catando milhos no teclado.

(...)

Agora que estou prestes a me formar sinto uma sensação estranha... A vida está passando diante dos olhos e dizendo um “oi” com um sorriso gentil, porém temeroso, por isso a vontade é de abraçar todas pessoas do mundo num só gesto, pedindo que digam:.
- Ei, está tudo bem!!!! Todos sentem medo ao fechar um ciclo na vida, dessa maneira apesar de dolorido, isso possibilita vencer o abismo se lançando sem medo!

Fechar ciclos nunca foi uma especialidade. Sofro demais, choro demais, sinto demais cada segundo distante das pessoas conquistadas. Perco meus passos em labirintos por querer absurdamente que esses minutos permaneçam. Perco tudo, inclusive eu, antes do tempo.
Esses dias, por exemplo, inconscientemente ou não estou me afastando de muitas pessoas. Parece que assim ficará mais fácil dizer adeus, no entanto, não fica. Dói até mais não aproveitar o tempo restante, mas amar com a pressão de saber que vai terminar é o próprio fim.
Exijo segurança de coisas que não oferecem. Amizades são como fios de teia, sensíveis e leves. Transformá-las em concreto destrói o encantamento pois o frágil e delicado amor (ao mesmo tempo forte) flutua sem formulários, comprovantes, promessas eternas.


Aprender isso é como pedir a um matemático para idolatrar o talvez!

(...)

Fecho meus olhos.
O vapor dos segundos e a sutileza do amor desenham no céu uma equação com asas...

24 de junho de 2007

Ao damo, com carinho...

Ontem foi um dia daqueles que faço questão de recortar do álbum-pensamento, colar em papel colorido e guardá-lo bem bonito, na esperança de homenageá-lo.
O embrulho não precisa ser caro nem possuir muitos brilhos, apenas ter flores como as que vimos...
Precisa cheirar meu amigo Chuck, porque é ele (e Graças a Deus é ele!) que ficou ao meu lado e permanece, quando durmo, para segurar minha mão como ninguém mais poderia fazê-lo.
Por fim, um laço cheio de risadas para enfeitar, até essas lembranças crescerem e se tornarem passagem para outros mundos, ou algo dentro de mim maior que eu, mais forte do que possa explicar e tão puro quanto esse amor de amigo nosso, inundando minha vida toda!

Enquanto penso nisso, em êxtase, sinto “um-não-sei-que” incrível!
(...)
Só entenderão aqueles que saíram de si e amaram verdadeiramente alguém.

Como é bom...


:)





- Querido Chuck, que a magia desse dia nos guarde sempre.


Amizade é quando uma coisa, que era chata antes, fica super legal junto!

22 de junho de 2007

Ah! Hoje acordei feliz! Os passarinhos cantavam lindas músicas na árvore. Bom, na verdade acho que estavam brigando por algum pedaço de galho especial, ou por alguma minhoca saborosíssima, mas o barulhinho de seus chiados me alegrou tanto!
Como explicar esse estar no mundo que vem repentinamente dentro de nós? Essa consciência de quão incrível é existir e amar e viver e aprender...
Coloquei um cd que ganhei de um amigo meu e fiquei viajando em pensamento.

Cada canto do meu corpo tem um cheiro, um toque de cada pessoa que passou por mim. Dentro de mim tem as digitais de todos, de tudo.
São nesses momentos que posso explicar a vida, porque tenho impressão que a sei de cor.
- O difícil é deitar a cabeça no travesseiro e pensar que justo aquela pessoa que eu mais gostaria que dissesse um “oi”, me chamasse para conversar, deitasse no colo, enfim, difícil é aceitar que ela, no meio de tantos, não precisa de mim! E que vão ser dela, todas dela, as migalhas de afeto para meu jantar...

- Esse vazio significa muito espaço nas mãos de fazendeiros improdutivos, Pri.

- Eu sei... Preciso de uma Reforma Agrária Sentimental nas terras do meu coração...

21 de junho de 2007


A divisão é um ótimo tempero para qualquer coisa.

16 de junho de 2007

A louça crescia a olhos vistos para menina lavá-la (salvá-la). Pratos sujos empilhavam-se. As colheres saltavam de cima dos copos de vidro mergulhando no resto de arroz do almoço, desafiadoras feito punhais.

- Lavar ou não lavar. Lavar ou não lavar!
Por que a poesia me abandona nos momentos mais difíceis?

Até que, corajosamente, decidida a encarar seu inter-relacionamento forçado com a pia, ela teve uma surpresa: as taças, benditas taças que tocadas de leve entoam divinas músicas angelicais, esses pedaços de cristal tímido, cantaram tão lindamente que até as panelas saíram do armário para espiar...
Eu odeio escrever mil poemas de amor só por você. Preciso mudar de assunto! Uma escritora não pode ser sempre assim, assim sua cara, sabe? Assim com seu jeito, suas mãos segurando a caneta na hora de escrever. Uma escritora precisa ser o mundo inteiro. E o mundo inteiro precisa ser parte dela.
Uma criança que chora no Japão, precisa chorar dentro de seus ouvidos até ela escrever sobre a criança e libertá-la.
Preciso ser todas as crianças. Todos os pássaros. Todas as chuvas. Todas as flores.
Ainda terei recaídas de você escondido na minha linguagem? (...) Por favor, saia pela porta da frente, não derrube os pingos dos Is, nem tropece no gancho do J. Saia de trás do O!

Minhas vogais e consoantes, que fez suas vogais e consoantes, precisam ser as vogais e consoantes do mundo, para, finalmente, ser/estar liberta.
Arrumo meu cantinho,
abro as janelas,
planto flores tantas que mal cabem dentro de mim.
Limpo armários, reviro gavetas.
Encho de pássaros sinfônicos nosso quintal.
Lavo minhas retinas tão fatigadas,
deito-me em banhos de leite
E renasço meu amor!
Invento todos os dias da minha vida, pintada de céu,
só para te esperar chegar com o sol...

14 de junho de 2007

Tia, por que as mulheres são tão complicadas?

Não é complicação, meu bem. São feitas de nuvem!

Às vezes, pairam leves com o sopro do vento. Às vezes, enfurecidas, ficam escuras, desmanchando-se em lágrimas. É quando molham a terra e os desavisados!
(...) Mas a mágica toda está no belo arco-íris que vem no fim...

O homem deve amá-la com céu azulado.
O homem verdadeiro, amaricar também o cinza, porque sabe:
- são dias perfeitos para chocolates e cobertores...

12 de junho de 2007

Ah! O amor. O amor...

Ao contrário, fica ROMÃ, que é uma bela frutinha vermelha como o amor...

Ah! As romãs...
Uma fruta oxidante, mineralizante e refrescante. Utilizada para acabar com rouquidão, afecções da boca, garganta e gengivas. Auxilia também na prevenção de aftas.

Ah o amor...
O amor é delirante, extasiante, e cativante! Utilizado para acabar com a solidão, afecções na alma, lábios e coração. Auxilia também na prevenção da dor existencial.

Ah o amor...
Ah as romãs...

Como o mundo é perfeito!

11 de junho de 2007

Vejo formigas entrando nos buracos da toalha de mesa. Isso quebra a frieza que paira na sala de jantar. E, olhando perto, um micro-universo, uma cidadezinha quase invisível cresce embaixo dos nossos narizes arrebitados!

- Vão formigas, paredes acima, ninhos abaixo! Mostrem aos homens o sucesso de sua civilização e o fracasso da nossa.



-Mãe?
-Sim...
-Por que me esfrega tanto? Odeio tomar banho!
-Limpar por fora é o mais fácil, meu amor. Difícil é a gente se limpar por dentro...

Para o dia dos namorados.


- Oi? Aqui é...
- Agência de Namorados "Final Feliz", boa noite!
- Oh, sim, sim. Bom, vamos direto ao assunto. Preciso de um namorado para esta noite.
- Claro, senhorita, como prefere?
- Pode ser qualquer um.
- Loiro, moreno?
- Qualquer um, já disse! (...) Tá, tá bom... Um que me ame, seja romântico, faça um filho comigo, descubra meus medos e essas coisas, sabe?
- (...)
-Eu sabia, pelo seu silêncio não deve haver nenhum.Vou procurar outra agência...
-Espera! E se ele tiver manias?
- Que tipo?
- Do tipo batucar na mesa quando está nervoso, comer unhas, fazer xixi na tampa do vaso!
- Aceito. Se ele me amar, aceito. Claro que vamos ter uma briginha ou outra de vez em quando...
- Você tem mania de quê?
- De nada, oras!
- Tem sim. Todos temos.
- Hum... De me esconder embaixo da cama em dias de chuva, colecionar todo e qualquer tipo de bugiganga! Às vezes, ando molhada pela casa.
- De toalha?
- Sim, porque gosto de abrir as janelas de manhã e sentir os pêlos do corpo arrepiados, enquanto caminho pelo corredor (...)
Ei! Que pergunta foi essa?
- Desculpe! Acho mágico mulher de toalha. Ficam mais hipnotizantes do que nunca...
- Bom, mas e meu namorado?
- Calma, preciso pegar seu dados.
- Tenho 1,68...
- Não! Isso não importa. Você tem bichinho de estimação?
- Já tive, aos nove anos... Era da família real, por isso tinha trono, coroa! Decretava leis tão boas para o mundo canino que se tornou uma lenda. Chamava Justino Gentlê Carmesim.
- Justiça, gentileza...
- Carmesim, por causa do pêlo...
- Ah...

Ele abriu um sorriso.

- Me chamo Miguel. Qual seu nome?
- Milena. Olha, me desculpe, mas tenho pressa! Se for demorar...

O rapaz sumiu no balcão entre pilhas e pilhas de papéis.

- Tenho aqui o X, que está na sua 13° tentativa, no entanto, ele é tão egoísta que acaba ficando com o espelho todas as noites.
O Y, tão poeta! Diz tanto amar, amar, amar, mas no primeiro problema, desama na mesma intensidade.
Ah! Olha só! Tem também o Z, um moço extraordinário. Só que tem um probleminha, assim que as coisas ficam sérias demais, ele corre! Não sabe nadar, se sente mais seguro em relações superficiais.
Posso falar todas as letras do alfabeto se quiser.

Os olhos dela estremeceram.

- Por que faz esse trabalho então? Une as pessoas se não acredita nisso?
- Eu acredito! Amor é tudo que venho tentando encontrar, cada segundo de cada minuto que estive aqui.
-Vou embora. Suas palavras são irreais.
- Irreal é alguém como você, com olhos tão negros como a noite que vive dentro de mim. Sua pele clara, levemente avermelhada se está nervosa, completamente azul, quando lembra da sua infância.
Irreal é ver seu cabelo molhado e ter perdido seu corpo molhado também.
Pode ir agora, sei que o amor existe e se chama Milena. Amanhã mesmo mudo o rumo da minha vida, pego minhas ruas e vou para bem longe daqui.

Ela voou pela porta, com tonteiras, vermelha feito pimentão. Matou três plantinhas do canteiro, andou três quarteirões, tropeçou três lixeiras e pisou numa poça enorme de barro, quando resolveu voltar.

- Miguel? (...) Amanhã vou adotar um cachorro. Quer me ajudar escolher?



9 de junho de 2007

Voar, no fim das contas, é um estado de espírito.

Canção da menina-azul

Não menina... não chora!
Você não é do avesso não!
Se as pessoas fogem desse seu amor louco,
exageradamente exagerado,
é porque tem medo da overdose de felicidade.
Não menina, por que está triste assim?
Se seus abraços são deixados soltos,
outros braços neles vai ninar.
Se os beijos são temidos,
Poucos!
Vão caber em ti e te salvar...
Olha em frente,
Pois a muito tempo
Tem alguém que espera seus passos de princesa
E, finalmente, será como a luz do farol
Quando namora o mar:

Completamente acesa...
- Se os amigos são casas, a minha não anda sendo das melhores para se morar. Preciso reformar algumas paredes, consertar vazamentos, arrumar um buraco enorme lá no telhado.
Se os amigos são casas, peço tempo para que arrume a minha. Porque não admito quem amo embaixo de uma construção não-milimetricamente-perfeita.

- Acontece Pri, que pessoas especiais não se importam com a humildade do seu lar, nem com os probleminhas aqui, acolá... Algumas querem apenas morar em ti (independente de qualquer pedra no caminho que invente!). E se dispõem a pintar todas paredes o mais azul-céu que existir. Basta deixá-las entrar...

- Godofredo, você sabe! Isso é o que venho tentando aprender cada santo dia da minha existência!

:(

- Ei! Tudo bem... Vamos tomar um sorvete, olhar o céu azul amanhã. Se não é bom morar dentro de nós, viramos do avesso e moramos fora. Cada aprendizado tem seu tempo.


Um passo, quando se tem amor, é asa...

- Filho, as histórias são palavras para crianças de qualquer tamanho, que não desistem de acreditar...

- Nas letrinhas?

- Nos homens...



- Que gracinha de recorte Ludimila! São homenzinhos?


- Não, é a representação da união global em nome da paz entre as Nações professora...


- Ah...

A descoberta do dia azul...

Tia, por que o dia tá tão azul que chega a doer os olhos de tanta lindisse?

Porque os anjos tão encerando o chão, meu amor! Se olhar com atenção verá até a plaquinha...

Qual?

Cuidado: piso molhado...

8 de junho de 2007

Notícias das águas-claras.

A dica de hoje é a banda AMIINA, que conheci através de Rita Apoena.
Ela está na ternurinha número 2...
Também tem esse site:
www.myspace.com/amiina

Não é em português, meus peixinhos, no entanto ele toca lá no começo da página

quatro baladas tecidas com lágrima de estrela-do-mar...


Som angelical, ou será caixinha de música?

Também lembra o canto das baleias-nenéns...(que vão conhecer quando vierem aqui me visitar no terceiro coral, à direita do barco dos piratas...)


O ° ! snik snik ! . o
:)

Depois, se descobrirem um jeito de comprar o cd, disquete, cápsula, fita-cassete, ou colocar as notas numa conchinha, por favor mandem aqui para o fundo do mar. Ultimamente ando precisando desse tipo de canção-memória.


Estalinhos salgados,
da sua correspondente submarina!


Vedda.