24 de junho de 2018

Fonética do amor

Duas vezes a língua bate atrás dos dentes pra chamar seu nome.
São dois os tremores de terra.
Duas paradas no tempo,
E mesmo assim eu chamo.
Gostaria que meu nome escrevesse uma ponte até sua boca.

23 de junho de 2018

Dançam alegres as primaveras em meu estômago. 
Contei 33.

Inverno, 2018

Quando se aproximou, senti um cheiro de café bom. 
Não gosto de café, a bebida. 
Mas de você eu gosto.

16 de junho de 2018

Noite estrelada

Boa comida. 
Bom filme. 
Um perfume com profunda associação afetuosa. 
Enfim, desarmados, cessam as discussões filosóficas com argumentos desconexos sobre obviedades cotidianas. 
Daí, no silêncio desconcertante do primeiro encontro, você chega e me convida para visitar as estrelas. 
Ficar adulta me tornou exigente num nível espiritual: 
Não aceito menos que tudo.