30 de dezembro de 2013

Tenho um medo terrível desses ‘senãos’ que chovem nos meus feriados 
Aliado a uma vontade imensa de cair pra dentro do seu mundo. 

- Se o homem de lata vislumbrasse o problemão que é, pediria outra coisa!

29 de dezembro de 2013

Fugitivos

Meu Amor, te matar está sendo difícil! 
Você não fica quieto! 
Fica por aí inventando as pessoas 
E isso está matando nós dois. 
Pensa que não enxergam seus olhos esperançosos diante da podridão?
Há muito fomos descobertos... 
Por isso, logo estarão aqui, com foices, machados e tochas 
Para subjugar o que restou. 
Preciso matar você 
Porque não existe tempo. 
Não se desespere, 
ainda posso defender algumas sementes.
Então, para de arder escandalosamente essa pureza toda
Que a vizinhança já acordou.

18 de dezembro de 2013

Sobre o medo de aniversários

Sobre ter 27 e não saber ter 28 
É um abismo entre duas estações  
É quando você se acostuma a ser número ímpar 
Na vida. 
Uma idade que contém o infinito é muito para caber na sua pequenez. 
Esse eterno afrouxar dos moldes 
É para gente pequena 
- que sonha em ser eterna.

3 de dezembro de 2013

Constatações poéticas

A poeira sobre os móveis do meu quarto dava para fazer outro planeta.

23 de novembro de 2013

Poema de uma nota

Para Lenine


Esse poema é pra dizer
O que as palavras vão calar diante da sua poesia,
Porque não nasci passarinho
Digna de te acompanhar numa sinfonia a peito aberto.
Mas nasci pra escrever toda falta de jeito,
Inclusive a minha contigo,
E pra confessar nessas linhas cósmicas ou tinta e papel, apenas,
Que tenho um par de particulares com suas partituras.
Que foi inevitável amar debaixo da claridade das suas canções
Pois você cria mundos e eu os habito,
Trazendo em mim
Mais você do que você mesmo imagina!
Essa composição de uma nota só
Canta como eu te sigo
encantada feito criança atrás do circo.
Porque é inevitável não te querer bem perto:
Você é gole d’água no deserto.

8 de novembro de 2013

Hoje, lendo o Pequeno Príncipe com meus alunos, eles descobriram o peso da palavra "efêmera". A rosa é efêmera, todos que amamos também são. As montanhas ficam, os rios deságuam no mar, as pedras permanecem por mil anos, mas os vivos sobrevoam a existência (tão rápido!).

22 de outubro de 2013

Essa história de enfrentar limites está me levando um tanto além do meu quintal.

5 de outubro de 2013

Para o espelho

Mas você nunca viu realmente nada.
Nunca viu uma árvore de ponta cabeça
Com um pássaro invertendo o céu!
Nunca abraçou encostando os umbigos,
Nem sabe o que é olhar nos olhos de alguém por mais de um segundo inteiro!
Você fica espantada ao descobrir um tanto de coisas te olhando, pedintes:
- Abra-nos!

Vai fugir?
Se esconder?
As coisas não calam, minha cara.
E inverter o mundo não é opção,

É necessidade.
Encontrar o outro é encontrar a si mesmo: sem escapatória.

15 de setembro de 2013

Vertentes

Uma amiga me disse que ando curvada.
Fisioterapeutas, vendedores de cintas para endireitar os ossos,
professores de pilates se ofereceram.
Não! Estou me reerguendo de dentro para fora – eu disse.
São muitos fantasmas que carreguei durante a vida.
Sou táxi dos meus medos
Por isso meus ombros se afundaram como rio nos períodos de seca.
E o mais bonito é que a água para completar esses vazios
brota de uma bica dentro de mim.

Um dia enfeitarei essa mesma amiga
com as flores das encostas verdejantes do meu rio,
porque eu floresço primaveras  tardias
no coração das pessoas.

Porque a grande vantagem de ser lenta é que ainda terei flores no inverno.

19 de agosto de 2013

Sobre ser humana

Deus não me fez para ser apenas piedosa. 
Ele queria mais de mim, 
Queria que eu fosse até lá pegar na mão 
De todos os caídos pelas estradas todas 
Desse mundo. 
Mas, no meio tempo Céu/ Terra, 
Fui desviando os caminhos e perdi, na primeira curva, toda minha piedade. 

Deus não me fez para amar. 
Me fez para sorver a outra pessoa por inteiro 
E entregar do peito o néctar mais profundo que um ser humano pudesse tocar, sem tocar. 
Porém, na longa descida, ventos fortes arranharam as memórias divinais, 
Junto com meu coração. 

Pedras, paus, animais mortos já tentaram ocupar esse lugar outrora cheio de Paz. 
Às vezes, quando olho minhas crianças eu me completo, são apenas alguns segundos 
Quando experimento a missão e penso: - Estou chegando lá. 
Às vezes, sem piedade, amor, sem rumo também, fico pairando no vazio que já foi repleto. 
É um esconde-esconde de sabedoria, poucas vezes genial; quantas vezes imbecil.

10 de agosto de 2013

Admiro quem consegue manter amizades, casamentos, sociedades a longo prazo! Não consigo nem manter plantas vivas, quanto mais humanos.

Inversão de papéis

Hoje fiquei admirando meus pais dormirem igual bebês. Acho que já sou adulta.

7 de agosto de 2013

Sua vida caminha sempre em frente. Você trabalha, vai às compras, paga suas contas religiosamente na primeira semana do mês. O que pode estar errado com a pecinha de cima, aquela logo acima do pescoço, que insiste em localizar espaços na existência? – Nova receita de antidepressivos - indica a primeira. - Produza serotonina - diz outra voz. Mas o que pensa você mesmo sobre você? 
 Não acho que estou doente de cura. Estou doente de amor, amor-próprio, amor do outro, amor de todos os tamanhos para transbordar o mim que insiste em doer. Acho que meu caso é falta de excesso de transbordação na vida.

5 de agosto de 2013

Minha grande questão nos relacionamentos é não me contentar com o corpo, eu quero a alma; e são raras as pessoas que estão em mim, a maioria paira em algum lugar entre passado e futuro, imaginário e real; mas nunca aqui, de mãos dadas comigo. - É um constante estar sozinha, acompanhada.

4 de agosto de 2013

A pessoa tem que ser inteligente, mas não de acúmulo de conhecimentos, pois é delicioso encontrar, no outro, predisposição para sorrir! Alguns chamam "sabedoria de vida", outros, "infância tardia"; só sei que não há nada pior que explicar a vida.

31 de julho de 2013

A Gosto

Tem o agosto dos desgostos
Mas de tanto desgostar eu fui mais fundo
E renasci para gostar profundamente de novo
E sem temer.
Que o próximo mês venha igual todos os dias
Tem sido:
Presentes
para serem degustados.

16 de julho de 2013

Estou evitando
Tudo aquilo
Que me põe
No
C
H
Ã
O

Inclusive a gravidade.

8 de julho de 2013

- Ela tem olhos de cigana oblíqua e dissimulada? 
- Não! Ela tem olhos de esperança.
Você tem tudo.
Você pode tudo.
O globo girando na ponta do dedo.


Mas só vou roçar na alma de quem EU escolher.
Queridos! Não sou boa de contas... Mas em junho de 2013 estamos juntos a 6 anos! Esse blog sobreviveu, portanto merece uma cara nova, com trilha sonora!  E a homenagem no Tertúlia foi o bônus do ano! Então é isso, me perdi, reencontrei, desisti e retornei tantas vezes, acho que agora é pra sempre. 
Um beijo,

Prih.

7 de julho de 2013

O sorriso ou Sobre os segundos raros de liberdade

Das coisas mais bonitas que eu fiz
Estava com meu coração
Das coisas que ainda sobrevoam minha cabeça
Estava agarrada nele
Longe dos palpites
Que pintaram em mim
Longe e tão perto
Do meu coração.

Dos poucos momentos
Que senti êxtase e loucura
Misturados em mim
Estava dentro do meu coração, diluída
Dos momentos todos
Do que vou contar aos netos
Dos saltos
Da mágica que acontece no arroz com feijão de todo dia
Foi do sangue dele que eu bebi
Enfrentando tudo
E todos

E por estar tão encorajada de espírito
Pude ver a cara de Deus
sorrindo pra mim. (...)



Foi meu maior poema de amor.


Das conversas com o teto

Às vezes, tenho o maior mistério do mundo
na mão
Às vezes, sou a maior idiota.
Essas escolhas
serão meu arrependimento mais bonito
dentro de um passado imutável?

(...)

- Caro futuro,
precisamos conversar.

28 de junho de 2013

Manual do acarinhamento


2- Quero livros, mais que dinheiro.
Quero contadores de história que inventam mundos, mais que livros.
Pra ler na terra
Os códigos do céu.

24 de junho de 2013

Manual do acarinhamento

1- Tem um dia de vida que eu ainda não gastei germinando dentro de mim.
Ele vai nascer para cafuné, daí posso dizer que não foi em vão.

9 de junho de 2013

Meu?

Você é, sobretudo, meus desejos.
Quando mexe a perna desejo que caminhe até mim.
Quando abre os olhos, quero olhando dentro dos meus.
Quando escreve, cobiço sua gramática.
Ao pensar em qualquer coisa, lá estou eu acenando no seu sonho com cartazes coloridos.
Quero sua pele e ossos também.
Mas não é bem assim, não é...
Suas pernas nunca mais voltaram.
E seus ossos têm na terra repouso certo.
Você é a personificação dos meus desejos, só nos desejos.


A realidade arrancou você de mim.
Existem vacinas contra hepatite, tétano, poliomielite e sarampo.
Ninguém me vacinou contra amor.


Possuo curvas não descobertas
E pele quente.
Olho meus seios no espelho
Como dois desconhecidos.
Meu corpo não é destino,
É estrada.


Pintura retirada de: http://originalshadon.wix.com/art

7 de junho de 2013

Sobre seu nome na minha boca

Pessoas são educadas comigo! 
Ando reclamando você o tempo inteiro. 
Falo das saudades, 
Te dedico poemas. 
Elas nunca me disseram pra calar - talvez em pensamento. 
Então continuo falando de você, 
Te dedicando poemas, 
E sentindo saudades. 
Vou viver meu luto até as últimas consequências.
Quando acabar, 
Não quero seus vestígios em lugar algum.

4 de junho de 2013

Sobre ser mulher, não sei.
Sempre estou mãe, 
Amiga, irmã. 
Sobre ser mulher não mostrei ainda 
De dentro 
Quem eu sou.
Desse jeito, de saudade em saudade, 
Vou pisando as pedras 
Até um lugar que não tenha você.

31 de maio de 2013

Lusco-fusco

Meu amor, 
Foi o primeiro  lugar onde pousei minhas esperanças, 
Meu sentimento mais puro de devoção. 
Não consegui recolher meus defeitos a tempo 
De encostar nos seus 
Mesmo sendo tantas as qualidades em mim que almejavam enfeitar sua alma.
Vejo seus pés indo embora 
Em passos firmes 
Enquanto fico desajeitada, imatura e triste 
Porque sempre me falta um pedaço 
Quando as ondas rebentam lágrimas de sal. 
Meu amor, guardarei seu gosto em mim 
E seus olhinhos etéreos. 
As lições sobre coragem 
Naquela carta de próprio punho que poucos saberiam talhar. 
Recolho-me sem despedidas, 
Pois já vislumbro o ancestral vazio 
Das noites escuras deitando sobre mim. 
Crescem montanhas onde você derramou flor 
E o sentimento vai desfalecendo nos meus braços. 
Ser princípio não te faz o derradeiro, 
Mas marca seu rosto eternamente no meu coração. 
Então, posso gastar uma ou duas lágrimas contigo. 
Não posso?

26 de maio de 2013

Fogo-fátuo

Você me acende por fora 
Mas é incapaz de aquecer meus abraços. 
Queima como fogo irresponsável dentro de mim 
Num querer perto 
E numa repulsa temerosa. 
Não sei de você em mim 
Nem em lugar algum. 
Nem sei se são abençoados 
Esses passos que não crescem pra asas. 
Meu sonho premonitório 
Na noite insone, 
Você é muito menos do que pensei ser. 
Por que te anseio, então? 
Essa demência de engrandecer grãos estéreis que nunca pousarão raízes. 
Esse eterno encantamento aos pés da fogueira que apaga e alumia, 
sem nunca atingir o céu.

13 de abril de 2013

Matemática

Crescei-vos e multiplicai-vos. Eu não sei se estou crescendo, mas me multiplico diariamente para 30 crianças e elas se multiplicam dentro de mim, me ensinando dividir coisas que estão além das coisas.

12 de fevereiro de 2013

Sementeiras

Escrevo para não morrer.
Existem mortes de acidente, mau funcionamento do corpo,
Mortes súbitas.
A morte de quem precisa e não escreve, é lenta.
Quem não abre espaços na folha semeia vazio,
Mas as palavras são pequenos pedaços de vida na imensidão da Terra.

Escrevo para viver.
Porque sobrevivi ao apocalipse
Pisando o chão da minha cabeça.
Porque vejo sementes na podridão dos lamaçais,
Vejo, no solo, minerais necessários ao florescimento.
Tenho comigo a crença na ressurreição dos mortos,
Porque já renasci do avesso da tragédia.
Escrevo porque a única coisa que resta a um errante
É o grito.
Então eu grito, mesmo que seja no escuro de uma sala escura
Dentro de mim.
Mesmo que essa luz seja para ninguém,
Sou encarregada de acender o lampião,
E cultivar as esperanças.

The Hole













No país dessa vida cortam-se cabeças,
Pintam-se rosas às pressas
De sangue.
Na sem lógica do amor
Poucos resistirão
Sãos.
Na minha loucura te vejo nos meus sonhos
Tão real que chega a doer.
Sinto o cheiro,
O toque,
Ouço a voz dentro da minha cabeça me falando.

- Retire-se da minha fantasia, agora!
Porque já sou vícios demais.
Não tenho estrutura para alojar nós dois em mim.
É preciso cortar, antes que seja denso
E transferir pra vida, aquilo que não se pode matar.

Mas ergo as mãos em desistência: sou incapaz de esquecê-lo sozinha.
Fico pairando feito pluma ao vento das tentações.
Se você me chamar, eu vou.
Animal adestrado frente ao círculo de fogo,
Eu vou.
Homem bomba no avião suicida,
Eu vou.
Explorador frente à montanha congelada
Eu subo até você.
Porque existe uma força incontrolável de cair.

- Você é meu coelho branco.

2 de fevereiro de 2013

Para ele.

Meu amor,
Tropecei a vida inteira em mim mesma,
Vaguei por ruas desertas,
Criei um mar profundo com tanta água sobre, sob, entre os vãos
Do meu peito.
Você foi barco amigo
Com âncora, bote e cobertor,
Mas não estava pronta
E me soltei com a força da maré.

Meu amor,
O calor dos seus abraços dá uma terrível abstinência de saudade,
Então ensaio algumas lágrimas enquanto as algas se enrolam em meus cabelos
Para me fazer sã,
Em meio à tempestade.
Quando tudo passar,
Talvez fique claro o farol
Pra nós dois.
Por enquanto, quero emergir todos os defeitos que me prendem ao fundo
Sem respirar.
Quero aprender a paz em mim
Para ser melhor quando subir até você.
Porque um dia, estaremos próximos, eu sinto.

Não poderei te oferecer o que deseja, não satisfaço nem a mim.
Mas existe amor além do amor, sabia?
Quero estar além contigo, assim junto.
Para te contar histórias de adormecer e de acordar anjos.
Pode demorar oceanos inteiros para encontrá-lo novamente,
Mas eu espero.
Porque já esperei muito, por muitas vidas.

20 de janeiro de 2013

19 de janeiro de 2013

Dois?


Me diz dentro dos ouvidos
aquela frase que abençoa toda minha trajetória.
Aquela palavra específica naquele momento certo
para acalmar meus instintos
E racionalizar meus medos.
Só você, com sonhos brancos, bonitos, brilhantes,
pode  apertar os meus numa aura carinhosa.
Eu te acompanho
por ruas eternas antes que o dia amanheça
ou a gente anoiteça.
Não gosto de seguir, prefiro conduzir,
mas nesse caso, apenas nesse,
posso botar os braços no seu pescoço pra variar um pouco.
E dançar sob a luz dos seus olhos
até a realidade permitir nós dois.

Quando rabisco universos inteiros nas paredes do mundo
estou fugindo da realidade,
das perguntas complexas,
do redemoinho dos seus olhos.

- Fugir ainda faz parte dos meus fracassos pessoais.

18 de janeiro de 2013

Sobre asas.

Dentro de mim mora uma menina
Tanto assustada
Tanto indecisa
Com pezinhos nas nuvens
E raízes nos cabelos.
Dentro de mim tem a intuição do torto e direito
E no meu útero pulsam instintos primitivos
De tempos remotos
Que me conectam à Terra.
Eu não ouvia essa menina.
Amarrava seus tornozelos e cortava seu comprimento.
Quantas vezes morreu, sem nunca me maldizer.
Mas hoje ela me ameigou por dentro transformando pedras em flor.
Hoje ela me olha bem fundo, pedindo: “Abra os braços!”
Que será meu guia
Onde eu for.
E nada vai destruir um amor assim tão bonito, entre nós.
Ela é minha menina, que eu aprendi a amar
Ela é meu estandarte, porta bandeira, o que for!
Que não calo mais.
Calar pássaros é coisa de homem, nasci para escancarar gaiolas.
E sinalizar o céu.

1 de janeiro de 2013

27


Em breve, aniversariante outra vez,
Notarão uma ruguinha que não existia
Ou uma mania ranzinza que o tempo moldou.
Mas os mais chegados sabem
Do sorriso cada dia mais esparramado,
Dos olhos brilhantes em qualquer fotografia.
E foi isso que esses anos me trouxeram.
Essa beleza tão extasiante que não consigo mais disfarçar.
Escondi por tempo demais...
Contudo, hoje, considero egoísmo não dividir essa dádiva com o mundo.
Tudo faz tanto sentido que tenho medo de entender o criador,
Sendo mera criatura.
Mas se existe Deus, em algum lugar no espaço/tempo,
Como acredito que exista,
Eu queria olhar nos olhos dele e dizer que faz sentido.
Tudo faz sentido pra mim.
Aceito tudo aquilo que um dia questionei
Porque vislumbrei a perfeição das coisas
E chorei por horas seguidas
Sem poder explicar.
Eu sei, sou tão pequena, tão pequena...
Mas preciso agradecer a grandiosidade dessa rede invisível que me sustenta no Universo.
Não sei se consigo expressar a felicidade que me constitui nesse minuto infinito,
Então eu fecho os olhos  (...)
para finalmente sentir a paz que tanto procurei em mim.
Não tenho o futuro,
Sinto as rédeas na palma da mão,
Desejando, profundamente, que elas sejam guiadas com a sabedoria
superior que iluminou cada fresta do meu peito,
até me fazer enxergar.

- Esse poema é a prece guardada que nunca consegui dizer.