Deus não me fez para ser apenas piedosa.
Ele queria mais de mim,
Queria que eu fosse até lá pegar na mão
De todos os caídos pelas estradas todas
Desse mundo.
Mas, no meio tempo Céu/ Terra,
Fui desviando os caminhos e perdi, na primeira curva, toda minha piedade.
Deus não me fez para amar.
Me fez para sorver a outra pessoa por inteiro
E entregar do peito o néctar mais profundo que um ser humano pudesse tocar, sem tocar.
Porém, na longa descida, ventos fortes arranharam as memórias divinais,
Junto com meu coração.
Pedras, paus, animais mortos já tentaram ocupar esse lugar outrora cheio de Paz.
Às vezes, quando olho minhas crianças eu me completo, são apenas alguns segundos
Quando experimento a missão e penso: - Estou chegando lá.
Às vezes, sem piedade, amor, sem rumo também, fico pairando no vazio que já foi repleto.
É um esconde-esconde de sabedoria, poucas vezes genial; quantas vezes imbecil.
19 de agosto de 2013
10 de agosto de 2013
7 de agosto de 2013
Sua vida caminha sempre em frente. Você trabalha, vai às compras, paga suas contas religiosamente na primeira semana do mês. O que pode estar errado com a pecinha de cima, aquela logo acima do pescoço, que insiste em localizar espaços na existência? – Nova receita de antidepressivos - indica a primeira. - Produza serotonina - diz outra voz. Mas o que pensa você mesmo sobre você?
Não acho que estou doente de cura. Estou doente de amor, amor-próprio, amor do outro, amor de todos os tamanhos para transbordar o mim que insiste em doer. Acho que meu caso é falta de excesso de transbordação na vida.
Não acho que estou doente de cura. Estou doente de amor, amor-próprio, amor do outro, amor de todos os tamanhos para transbordar o mim que insiste em doer. Acho que meu caso é falta de excesso de transbordação na vida.
5 de agosto de 2013
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