1 de janeiro de 2013

27


Em breve, aniversariante outra vez,
Notarão uma ruguinha que não existia
Ou uma mania ranzinza que o tempo moldou.
Mas os mais chegados sabem
Do sorriso cada dia mais esparramado,
Dos olhos brilhantes em qualquer fotografia.
E foi isso que esses anos me trouxeram.
Essa beleza tão extasiante que não consigo mais disfarçar.
Escondi por tempo demais...
Contudo, hoje, considero egoísmo não dividir essa dádiva com o mundo.
Tudo faz tanto sentido que tenho medo de entender o criador,
Sendo mera criatura.
Mas se existe Deus, em algum lugar no espaço/tempo,
Como acredito que exista,
Eu queria olhar nos olhos dele e dizer que faz sentido.
Tudo faz sentido pra mim.
Aceito tudo aquilo que um dia questionei
Porque vislumbrei a perfeição das coisas
E chorei por horas seguidas
Sem poder explicar.
Eu sei, sou tão pequena, tão pequena...
Mas preciso agradecer a grandiosidade dessa rede invisível que me sustenta no Universo.
Não sei se consigo expressar a felicidade que me constitui nesse minuto infinito,
Então eu fecho os olhos  (...)
para finalmente sentir a paz que tanto procurei em mim.
Não tenho o futuro,
Sinto as rédeas na palma da mão,
Desejando, profundamente, que elas sejam guiadas com a sabedoria
superior que iluminou cada fresta do meu peito,
até me fazer enxergar.

- Esse poema é a prece guardada que nunca consegui dizer.

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