6 de janeiro de 2009

Fim.

O que mais me dói nele
É a falta de dor.
É o sorriso tranquilo
De quem nada sofreu.
O que mais me dói
É ver o relógio quebrado
E o calendário sem azul.
Vai passar, eu sei,
mas vou entristecer um pouco.
Não tenho medo de sofrer o que preciso
para depois subir meus olhos
E seguir.
Vou chorar
até alcançar os espaços que restaram
Que restam?
Já nem sei mais.
Vai ser difícil me reinventar sem você
graças a essa súbita falta de criatividade.

Vou me deitar agora:
Os pés, as pernas juntas.
Os braços sem desejos.
Você vai ler meu coração antes de mim.
No muro
da parede do quarto
Subitamente fechado,
Nem vivo, nem morto:

Eterno exílio entre dois mundos.

Um comentário:

Juliana Pena® disse...

Oi Prih querida.. voltei a blogar.. :) Espero sempre poder te visitar aqui, e será um prazer enorme te receber no meu cantinho....rs Depois venho aqui com calma, agora vou me deitar.. beijos flor! Ótima Semana!