9 de julho de 2009

Passos frêmitos sobre roseiral.

Admiro os poetas que levam anos
para escrever seus versos.
Os meus são cuspidos às pressas,
porque tenho medo da morte
e fome de tempo.

Depois, ao reler,
aparo arestas
com firmeza de um ladrão de rosas
sob luz do lampião.

Se morrer,
perfeição será mero detalhe.

O importante é que senti e disse.
Minha poesia é a junção desses segundos.

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