17 de janeiro de 2010

Se for doer, mantenha distância.

Queria passar pelo mundo sem incomodar.
Com licença, passo leve, feito asa.
Sem culpa, ou crises banais.
Essas menoridades tão cansativas
sobre as quais todos querem falar.
Todos têm uma opinião,
do sociólogo ao dentista.
Todos querem discutir a relação,
menos eu.
Só preciso de um canto em silêncio,
um convívio regular,
visitas esporádicas ao meu coração.
Cuido de mim sozinha.
Faço orações, trabalho digno.
Pago as contas.
Minha alma tem portões
mais altos que a curiosidade alheia.
Não estou aberta a dissecações.

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