18 de agosto de 2009

Miséria dos tempos ou a morte da poesia.

E se de repente for assim:
imaginação não move uma agulha de onde
a razão colocar essa maldita agulha.

céu for apenas céu
lua cuspir São Jorge
poeira tornar-se pó


Sem drama, sem dor,
nenhuma poesia.

E se de repente for assim?

paraíso queimar em sol

astro virar satélite
poeira cobrindo tudo
sem comiseração.

E se de repente foi em vão?


suspiro apagar a luz
cinzenta rasgando chão
poeira assentar e fim.


E se de repente for, pra mim?