Imaginei você chegando em casa com flores apressadas dos canteiros alheios.
Imaginei a gente numa toalha de piquenique colorida deitados um sobre o outro, em revezamento amoroso.
Imaginei você contando seus planos acadêmicos e parabenizando meu último artigo sobre a linguagem secreta dos passarinhos. Só que daí abro os olhos... Não tem nada disso, só uma realidade estéril, sem flor, nem toalha, nem linguagens secretas.
O mais dolorido é a passagem sob o rio das expectativas, porque ele nunca matou ninguém. Feito Prometeu acorrentado, somos obrigados a levantar todo dia e acreditar novamente.
Estou cansada.
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