22 de junho de 2010

Sobre a não-despedida

Se for para longe
E aliviar meu espaço de visão
Por fim o fim se dará.
Mas a distância é boa com espaços,
não corações.
Vou sentir sua falta.
Uma falta imposta bem antes a mim mesma,
como sempre senti, mesmo perto de ti.
Porque você não estava.
Só a imagem inventada da sua pessoa
olhando pra mim.
Um retrato que permanece intacto e perfeito
E não trêmula com o vento.
Mas ainda sentirei sua falta.
Todo dia. Todo dia.
Pois na sua imperfeição despertou as melhores coisas em mim.
E as piores.
Para que eu fosse ainda maior do que eu era.
Hoje sou.
Vou sentir falta de nem sei mais o quê.
Todas as faltas do mundo
flamejam em mim:
não me aqueço.
Que as cinzas do tempo ultimem seu nobre trabalho.

2 comentários:

Alice disse...

Há espaços, e saudades que sabem sorrir.

Beijo Prih!

Carla Guimarães disse...

Não é exatamente um comentário, só que como sei que gosta de crianças e não tinha seu e-mail pra mandar vou te passar um link de um site que vi a adorei, é um design de jóias que utilizou de um desenho de sua filha de 5 anos pra fabricar lindas peças, o site é americano mas vale muito a pena dar uma olhada na criatividade dele. Eu me apaixonei pelo trabalho.
http://www.totallyoutofhand.com/
Não precisa aceitar esse comentário tá... fui.