O catador recolhe o papelão com cuidado.
Dobra, ajeita, se deita.
Os passantes não querem mais papelão.
Não enxergam catador.
Eles não querem catador.
Nem enxergam papelão.
Derrama-se em silêncio uma cumplicidade mútua.
Foi nos cantos inesperados, das marquises, dos becos sem saída,
que aprendi sobre segunda chance.
6 comentários:
Foi nos cantos inesperados, das marquises, dos becos sem saída,
que aprendi sobre segunda chance.
Que lindas palavras Priscila.
Grande beijo!
Lindo, Priscila! Olho biônico o seu - do coração!
Um beijo enorme e cheio de cumplicidade!
Que sensível olhar sobre o que nem sempre é belo, Prih!
Encantei-me com teu blog...beijo grande, flor!
Cabe nesse o doce e amargo, mas ainda fica no local espaços das coisas bonitas.
Parabéns! A atmosfera sensível e crítica ficou muito bem estampada nas linhas.
Prih, suas palavras cada vez mais, perfeitas!
Grande beijo!
Belas palavras que me lembraram o último livro que li: Capitães da Areia. Parabéns pelo espaço.
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