6 de janeiro de 2008

O mais estranho, meu amor, é que és meu amor - assim na segunda pessoa pra ficar mais bonito - És meu amor, tão belo, tão sublime! E ao mesmo tempo uma incógnita. Como posso me lançar nos teus braços se do outro lado não há redes de salvação?
Agora me diz, tuas palavras atadas às minhas em noites e noites em claro, teu sorriso, o carneiro: foi tudo em vão? Esqueço o caminho, retiro as migalhas de pão. Fecho as janelas, apago a luz. E fim?
Posso ser sonhadora demais. Jeito pré-adolescente de amar que nunca muda; mas não quero ter que constatar isso mais uma vez. Porque toda vez que amo, sendo certa ou errada, amo. Abro as janelas para o sol entrar. Acendo as luzes dos olhos, dos poros. Distribuo migalhas de pão, pedrinhas coloridas pelo caminho. Construo o caminho.
Se isso for errado, então prefiro errar pelo resto da minha vida.

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