Quando danço
consigo me libertar do corpo
e me vejo fora,
rodopiando no espaço.
Quando danço e canto,
sustento o pássaro nas mãos
por um segundo
assoprando no meu peito alguns segredos não revelados.
Para que possa seguir sem morrer.
Dançar o corpo.
Cantar o passarinho
Não morrer.
Dançarcantarviver: é meu mantra da eternidade.
8 de novembro de 2015
5 de novembro de 2015
Banquete
dentro do caldeirão.
Observo pedaços meus e das minhas irmãs.
La Loba há de reuni-los
como há milhões de eras alinhava pedaços do universo
num eterno partir-se/agrupar-se sagrado.
A lua intui a caravana pelos quatro ventos.
Muitos tentarão ceifa-la, desesperadamente.
Mas como denegar o oceano?
São dezenas, milhares e andam nuas.
Peles selvagens, patas, pés sobre o chão
Nossas mãos
unidas à grande Mãe repousadas sobre muitas outras mãos.
Até que todas sentem-se à mesa, pois é chegada a hora
Do brinde.
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