Meu amor,
Foi o primeiro lugar onde pousei minhas esperanças,
Meu sentimento mais puro de devoção.
Não consegui recolher meus defeitos a tempo
De encostar nos seus
Mesmo sendo tantas as qualidades em mim que almejavam enfeitar sua alma.
Vejo seus pés indo embora
Em passos firmes
Enquanto fico desajeitada, imatura e triste
Porque sempre me falta um pedaço
Quando as ondas rebentam lágrimas de sal.
Meu amor, guardarei seu gosto em mim
E seus olhinhos etéreos.
As lições sobre coragem
Naquela carta de próprio punho que poucos saberiam talhar.
Recolho-me sem despedidas,
Pois já vislumbro o ancestral vazio
Das noites escuras deitando sobre mim.
Crescem montanhas onde você derramou flor
E o sentimento vai desfalecendo nos meus braços.
Ser princípio não te faz o derradeiro,
Mas marca seu rosto eternamente no meu coração.
Então, posso gastar uma ou duas lágrimas contigo.
Não posso?
31 de maio de 2013
26 de maio de 2013
Fogo-fátuo
Você me acende por fora
Mas é incapaz de aquecer meus abraços.
Queima como fogo irresponsável dentro de mim
Num querer perto
E numa repulsa temerosa.
Não sei de você em mim
Nem em lugar algum.
Nem sei se são abençoados
Esses passos que não crescem pra asas.
Meu sonho premonitório
Na noite insone,
Você é muito menos do que pensei ser.
Por que te anseio, então?
Essa demência de engrandecer grãos estéreis que nunca pousarão raízes.
Esse eterno encantamento aos pés da fogueira que apaga e alumia,
sem nunca atingir o céu.
Mas é incapaz de aquecer meus abraços.
Queima como fogo irresponsável dentro de mim
Num querer perto
E numa repulsa temerosa.
Não sei de você em mim
Nem em lugar algum.
Nem sei se são abençoados
Esses passos que não crescem pra asas.
Meu sonho premonitório
Na noite insone,
Você é muito menos do que pensei ser.
Por que te anseio, então?
Essa demência de engrandecer grãos estéreis que nunca pousarão raízes.
Esse eterno encantamento aos pés da fogueira que apaga e alumia,
sem nunca atingir o céu.
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